quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A razão de tantas blitz da lei seca no Rio de Janeiro

É impressionante a capacidade que o Estado tem de usar boas ideias para de alguma forma ver prevalecer seus interesses. Uma prova real disso é a "lei seca" no Rio de Janeiro. Sem dúvida, os que concordam ou não com a lei, hão de concordar, que ela trouxe um alívio ao Estado, diante de tantas mortes, invalidez e marcas profundas no corpo e na alma, que o uso da combinação bebida alcoólica e direção produziram e ainda produzem nesse país. 



Ao ser abordado por um agente do Estado em uma operação da lei seca, o cidadão que não fez o uso do álcool e imprudentemente pegou no volante, deveria se sentir aliviado ou pelo menos orgulhoso, pelos parabéns que receberá do agente do Estado. Afinal para que a lei foi concebida? Para punir os que bebem e vão dirigir logo após, e com isso desincentivar  outros a fazerem tal combinação. 





Mas, logo após, esse mesmo cidadão terá uma surpresa ao descobrir, que toda aquela estrutura não foi montada por que o Estado está preocupado com sua vida, mas sim com o seu próprio cofre. Sim cofre. O que movimenta o projeto "lei seca" no Rio de Janeiro, é a ganância do Estado em pegar veículos com seu IPVA atrasado, e consequentemente apreende-los, para que o seu condutor, mesmo não sido pego embriagado, possa se virar para pagar.

Bem, é direito do Estado receber o pagamento desse imposto e do cidadão em Pagá-lo. Questiono é a mudança de propósito do uso da estrutura,  que foi concebida, para produzir conscientização no trânsito de algo tão grave - álcool e volante não combinam.  

Mas, o uso ou não da bebida se tornou apenas uma desculpa. Eles querem é dinheiro, e que dinheiro!  O Estado ganha de uma só vez o pagamento do IPVA, mais 70 Reais por cada dia que o carro ocupar o depósito para onde será levado e a garantia do pagamento de todas as multas do carro de uma só vez.

Talvez eu esteja sendo simplista demais em querer que o Estado se preocupe de verdade com os seu cidadãos, mas é lamentável como que o Estado exige tanto do cidadão, e lhe devolve tão pouco.

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