As vezes deixamos de romper na vida, crescer, ver o novo, abraçar o futuro, por que teimamos em estarmos presos a coisas, pessoas e sentimentos, que não nos levarão a nada.
Me lembro que viajando com meu filho mais novo, o Israel, tive uma grande experiência que me levou a pensar sobre isso. Parei com ele em um posto de gasolina, pra descansar as pernas e lanchar. Quando percebi, Israel fugiu dos meus olhos, mas rapidamente o encontrei brincando em um cavalinho de balanço. Chamei-o pra lanchar, mas o encanto dele pelo novo brinquedo era mais forte.
Então eu disse: filho papai está indo, vamos? Ele no auge da sua inocência disse: pode ir papai, eu vou de cavalinho! Tentei argumentar com ele, que aquele cavalinho, nunca iria sair do lugar, mas creio que na fantasia dele, já estava quase chegando em casa. Como ele suava, quanto esforço era feito pra nada. O cavalinho de balanço não o levaria a lugar algum.
Tem muita gente que construiu para si um "cavalinho de balanço na alma". Trepadas em suas frustrações, decepções, dessabores, tristezas, traições, elas tem um comportamento tão infantil, quando de meu filho, a época com 5 anos. Elas acreditam, que chegarão a algum lugar trepadas nesses cavalinhos de balanço da alma aflita, que só fazem com que fiquem no mesmo lugar.
Não rompem, não crescem, sempre presas a um passado que não lhes levará a nada. Coisas de 5,10,20,30 anos atrás parecem que aconteceram ontem. Tornando vítima do fel do ontem não o ofensor, esse está vivendo a sua vida normalmente, mas o ofendido.
Ah! Passei por aquele mesmo posto depois de um bom tempo, sabe quem estava lá? O cavalinho, esperando a próxima criança que vai acreditar que em cima dele chegará a algum lugar.
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