quinta-feira, 28 de maio de 2015

VAMOS MARCHAR PRA QUEM?

Gostaria de manifestar publicamente minha preocupação com os rumos da Marcha pra Jesus 2015 poderá tomar.  O tema desse ano tem um adendo, não muito comum para esse tipo de evento: CONTRA A CORRUPÇÃO. 


Bem, ser contra a corrupção é uma questão de consciência de cidadania. Até aí tudo bem. Minha dúvida é até que ponto os organizadores da Marcha, terão o cuidado de não usá- la como manifestação de expressão política. E por quê? Por que a Marcha é pra Jesus e, por isso, não pode ser usada para ser um meio de protesto "político evangélico". 


Ela não pode ser usada para manifestar descontentamentos pessoais de quem quer que seja. O que penso ou deixo de pensar desse ou daquele político ou partido não interessa na Marcha pra Jesus.

Eu posso, enquanto cidadão que sou, protestar, vaiar, manifestar meu descontentamento das formas que a democracia me permite. Eu, indivíduo, cidadão posso. Só que a Marcha é uma manifestação do CORPO DE CRISTO. 

O que queremos no final da Marcha? Que a presidente saiba que os evangélicos estão contra ela e o PT? É isso?  Não seria mais importante que a presidente saiba que há um povo, que embora não concordando, ora por ela? 

Aliás, espero que os organizadores da Marcha estejam preparando um grande clamor pela presidente? Afinal, ela é autoridade constituída por Deus, com ou sem meu voto. Irmãos, corrupção não tem partido. Corrupção é um "principado". 


Será que teremos um "panelaço evangélico" ou "black blocs de Cristo" na Marcha ou faixas "fora Dilma"? 


A Marcha pra Jesus, não tem dono. Não pode ser usada a fim de demostrar poder pessoal de mobilização ou força política entre o evangélicos. Já basta envolver dinheiro público na Marcha, o que já é errado. 

Se somos contra prefeitura patrocinar "parada do orgulho gay", deveríamos ter a mesma postura com a Marcha pra Jesus. Dinheiro público deve ser usado para interesses públicos (saúde, educação...) e não pra patrocinar escolas de samba, parada gay ou Marcha pra Jesus.

Meu desejo é que a Marcha seja um sucesso para a glória de Deus e não para o louvor ou manipulação do homem.

5 comentários:

  1. Precisamos marchar para o joelho, para o jejum e pra Palavra, e tenho certeza que este ativismo religioso, deixará de levantar a bandeira de A, B ou C, até que um os contrarie. Fico imaginando a Igreja Primitiva, marchando contra o Império Romano quando perseguida, não o faria pois sabia em quem cria. Me parece que o temor da perseguição, nos leva a fugir da Babilônia, marchando para o Egito, o que de nada adiantará pois a vontade de Deus, está acima da vontade de alguns que se colocam como seu preposto.

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  2. Concordo. O Estado é laico. Temos que entender que, Estado laico é aquele que segue o caminho do laicismo, uma doutrina que defende que a religião não deve ter influência nos assuntos do Estado. O laicismo foi responsável pela separação entre a Igreja e o Estado e ganhou força com a Revolução Francesa. Contudo, a laicidade do Estado pressupõe a não intervenção da Igreja no Estado, e um aspecto que contraria essa postura é o ensino religioso nas escolas públicas brasileiras. A comunidade evangélica promovem eventos e se esquecem que promovem com dinheiro público.

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  3. Estou de acordo com você Otoni.
    O que está sendo desenhado com esta marcha e o mesmo sentimento de que estava em Barrabás e seus aliados, queriam e esperavam um libertador que resolvesse a situação na força do braço.

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